26 de março de 2007

Samuel vai ao casamento


Era dia de casamento, todos estavam presentes, uns mais, outros menos, o sol brilhava e o vento pouco incomodava e, no meio de tantas pessoas, alguém se fazia notar, fui ver…, não era a noiva, era o Samuel. Camisa desabotoada, apenas com um nó ao fundo, face avermelhada e a soltar gotas de transpiração pelo nariz, era, segundo o seu primo, “uma garrafa de whisky com pernas”. Primo esse, a quem Samuel prometera uma “vêz quatro” se lhe saísse o Euromilhões.
A cerimónia correu às mil maravilhas, os noivos estavam felizes e deram início à boda. Estava tudo perfeito, o espaço decorado a gosto, as pessoas comiam e bebiam, enfim, estávamos num casamento, ora, como em todos os casamentos é chegada a hora dos noivos se levantarem e darem a volta de honra pelas mesas dos convidados.
Chegados à nossa mesa, deparam-se com uma animação contagiante, o Samuel estava presente e fazia-nos rir de tal forma que todos ouviam a nossa risota. “VVVamos vuer mais um copo”, insistia o Samuel, na tentativa de nos embebedar, e nós, já fartos de beber, qual esponja, rejeitamos, mas, obtivemos resposta imediata, “ quem não vuer tem dez anos sem fuuuder”, acrescenta o Samuel. Escusado será dizer que a noiva, ali presente, bebeu o seu copo de vinho branco de penalty, à grande mulher, levando o Samuel a comentar da seguinte forma, “foooda-se cum caralhooo, vueste essssa merda toda”. E o tempo passou…, como regra da casa, chegada a hora do buffet, cabe aos noivos a sua abertura, e assim foi, o nosso amigo, noivo, de nome “Luís”, e a sua noiva davam início ao buffet, quando, num momento de silêncio absoluto, Samuel, grita, para o fundo da sala, em direcção ao nosso amigo “Zé Luís”, deixando-nos estupefactos, “ NÃO HÀDDE SER SÒ DEEELEEE!!!!”, palavras para quê estamos perante o Samuel e dele, podemos esperar tudo mas mesmo tudo…

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